Vigilantes do Rio fazem denúncia sobre trabalho na triagem de pacientes em unidades públicas de saúde

Fila na entrada da emergência do Hospital Getúlio Vargas
Fila na entrada da emergência do Hospital Getúlio Vargas Foto: André Teixeira / Arquivo
A morte do fotógrafo Luiz Claudio Marigo na porta do Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, na segunda-feira, levou o sindicato dos vigilantes do Rio (SindVigRio) a denunciar uma prática comum na rede pública de saúde: muitas vezes, os seguranças fazem a triagem e até a remoção de pacientes.
A denúncia foi feita nesta quinta-feira, em entrevista à rádio CBN. “Onde trabalho, isso é feito com frequência (triagem). E, quando os maqueiros estão em horário de almoço, quem vai recolher os pacientes dos carros somos nós”, declarou um representante da categoria.
O vigilante contou ainda que alguns médicos pedem que os seguranças decidam quais pacientes podem ser atendidos com mais rapidez para que eles possam ir embora: “Já ocorreu de médico pedir para eu ver qual paciente está em melhor condição, porque ele tem que prestar serviço em outro hospital. Não sou capacitado para isso”.
Para Antônio Carlos Oliveira, vice-presidente do sindicato, isso ocorre por omissão: “A empresa de segurança se omite ao querer agradar ao cliente. Para não ser punido, ele (vigilante) acaba se submetendo às ordens que contrariam sua função”.

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