Índice de fumantes no Brasil cai 20% em seis anos, diz estudo da Unifesp
Dados foram divulgados pela Universidade Federal de São Paulo.
Queda foi maior entre os adolescentes.
Cigarro (Foto: Reprodução/RBS TV)
O consumo de tabaco caiu 20% no Brasil nos últimos seis anos, de acordo
com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad)
divulgado nesta quarta-feira (10) pela Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp).Em 2012, 15,6% da população brasileira declararou ser fumantes, enquanto o índice do primeiro levantamento, feito em 2006, era de 19,3%. A queda foi maior entre os adolescentes (45%), de 6,2% em 2006 para 3,4% e, 2012.
Os homens continuam fumando mais do que as mulheres. Mas o número de homens que deixou de fumar foi maior em 2012 (22%) do que a diminuição do tabagismo entre as mulheres (13%).
O Lenad também detectou que o fumo diminuição em todas as classes sociais, com exceção da classe A. Entre a parcela mais rica da sociedade, o consumo de tabaco aumentou 110% e quase dobrou o índice de 2006.
Motivação para parar de fumar
De acordo com o Lenad, 90% dos fumantes dizem que estão dispostos a parar de fumar. No entanto, os pesquisadores consideram diferentes escalas de motivação. "Embora 90% diz que gostaria, só 7% deles realmente tem planos parar parar. Imaginamos que o restante são pessoas que tem dependência mais severa e nem mais planejam parar de fumar", afirma Clarice Madruga, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.
Em relação à procura por tratamento para parar de fumar, o Lenad mostrou que apenas 7,3% dos fumantes já procurou ajuda profissional e que entre os ex-fumantes o índice foi menor 5,4%.
O Lenad coletou dados por três meses em 149 municípios e escutou 4.607 brasileiros.
Meta do governo
Em agosto, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde também revelou a queda de 20% no índice de fumantes em seis anos. Os números, no entanto, eram um pouco diferentes dos apontados na pesquisa do Lenad. Na ocasião, a pesquisa mostrou que 12% da população adulta brasileira fumava em 2012. Em 2006, o índice era de 15%. A meta do governo é que, até 2022, o país chegue a 9%.
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