Coreia do Norte liberta turista dos EUA que estava preso no país

Merrill Newman, de 85 anos, foi deportado.
Veterano da Guerra da Coreia, ele foi acusado de espionagem.

O americano Merrill Newman, de 85 anos, chega a
Pequim, na China, após ser deportado pela Coreia
do Norte. (Foto: Kyodo News / AP Photo)
O americano Merrill Newman, de 85 anos, chega a Pequim, na China, após ser deportado pela Coreia do Norte. (Foto: Kyodo News / AP Photo) A Coreia do Norte anunciou neste sábado (7) a libertação de Merrill Newman, o cidadão americano que foi preso no dia 26 de outubro durante uma visita turística ao país, segundo a agência estatal de notícias "KCNA".
A nota emitida afirmou que as instituições competentes do regime deportaram Newman, de 85 anos, para os Estados Unidos, considerando "um ponto de vista humanitário e devido ao seu sincero arrependimento" pelo crime cometido - a Coreia do Norte o acusou de espionagem - e a "sua avançada idade e estado de saúde".
Newman, um veterano da Guerra da Coreia (1950-1953), ficou preso no país durante mais de um mês porque supostamente tentou contato com soldados com quem tinha treinado durante o conflito há mais de 60 anos.
Uma nota emitida pela KCNA no dia 30 de novembro explicava que Newman admitiu ter tentado contato com sobreviventes da chamada "Unidade Kuwol", uma guerrilha treinada durante o conflito para realizar atividades subversivas na Coreia do Norte.
Também era acusado de "atentar contra a soberania" da Coreia do Norte por ter usado material de leitura que criticava o regime comandado por Kim Jong-un.
Atualmente, outro cidadão americano de origem coreana, Kenneth Bae, permanece preso na Coreia do Norte. Bae, um pastor evangélico que trabalhava como agente de viagens na região chinesa perto da fronteira com a Coreia do Norte, foi detido em novembro de 2012 na zona econômica especial de Rason (nordeste do país).
No dia 30 de abril, Bae foi condenado pela Corte Suprema norte-coreana a 15 anos de trabalhos forçados por violar o artigo 60 da Constituição do país, o que implica cometer um crime com o objetivo "de derrubar o regime".

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