Sargento da PM suspeito de matar a própria mulher em Natal se entrega à polícia
Assassinato aconteceu na quarta-feira (16) e ele se apresentou nesta sexta (18).
O sargento PM Ney Jeferson, suspeito de matar a tiros a própria mulher
em Natal, se entregou à polícia na tarde desta sexta-feira (18). A
manicure Rosivânia Maria da Silva tinha 36 anos e foi assassinada na quarta-feira (16), dentro da casa onde morava com o marido, no bairro Quintas, Zona Oeste da capital potiguar.
Ney Jeferson se apresentou na 2ª Companhia do 9º Batalhão da PM e foi
encaminhado à Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde
prestou depoimento à delegada que apura o caso. À polícia, ele confessou
ter matado Rosivânia da Silva.
Em seguida, o sargento foi levado para o Instituto Técnico-Científico
de Perícia (Itep) para realização do exame de corpo de delito e, depois,
foi para o Comando Geral da Polícia Militar, onde permanece detido,
segundo a assessoria de imprensa da corporação. De acordo com a Polícia
Civil, havia contra ele um mandado de prisão temporária em aberto.
Em relatório, os policiais que atenderam a ocorrência na quarta (16)
disseram que um vizinho foi quem chamou a polícia, e que afirmou ter
ouvido pelo menos três disparos. Em seguida, também relatou ter ouvido o
policial dizer, ao fugir em uma motocicleta, que estava indo atrás de
outra pessoa para “terminar o serviço”. O vizinho relatou, ainda, que
viu todo o ocorrido pela janela de sua residência.
Por fim, os policiais contam que a mulher ainda chegou a ser atendida
por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas
que ela não resistiu e morreu a caminho do hospital.
'Homem violento'
No velório de Rosivânia, o pai dela, Rivaldo da Silva, disse que o sargento já havia agredido sua filha outras vezes.
“É um cara violento”, afirma. Ele contou também que Rosivânia chegou a
denunciar o companheiro na Delegacia Especializada de Atendimento à
Mulher (Deam), porém retirou a queixa depois que o sargento a ameaçou.
“Ela passou dois anos separada dele, depois voltou. Ele já deu coronhada
na cabeça dela uma vez com uma pistola”, relata o pai da manicure.
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