Promotores recomendam que governo do RN substitua UTIs alugadas por equipamentos próprios
Ministério Público deu 90 dias para que o estado conclua licitação e encerre contrato de aluguel das unidades em hospitais de Natal e São José de Mipibu.
O Ministério Público recomendou que Secretaria de Saúde do Rio Grande
do Norte conclua em até três meses uma licitação para comprar leitos de
Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). O governo também deve suspender o
contrato de locação de equipamentos deste tipo na região metropolitana
de Natal. Os promotores afirmam que devem acionar a Justiça, caso as
medidas não sejam tomadas.
A recomendação foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado
(DOE) desta quinta-feira (12). Ainda de acordo com o texto, a
substituição dos equipamentos comprados pelos alugados - que causariam
mais gastos ao estado - deve ser gradativa para não afetar o
atendimento.
O processo administrativo nº 95516/2017-3 prevê compra de equipamentos
gerais para os leitos de UTI em hospitais da região metropolitana da
capital, em Natal e São José de Mipibu. Dentro dos 90 dias determinados,
a Sesap também deverá subsitutuir os equipamentos locados que estão nos
hospitais Deoclécio Marques, Giselda Trigueiro e José Pedro Bezerra por
equipamentos próprios.
No documento, o MPRN leva em consideração o fato de os hospitais José
Pedro Bezerra, Giselda Trigueiro e Deoclécio Marques de Lucena serem de
referência estadual, com expressivos números de atendimentos ofertados à
população.
O MP ainda destacou “o expressivo déficit de leitos de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) existente no Estado do Rio Grande do Norte”, o
que levou a 47ª Promotoria de Justiça de Natal a ingressar com ações
civis públicas para a ampliação da rede pública de terapia intensiva,
seja estruturando os serviços hospitalares públicos ou contratualizando
esses leitos com o serviço privado de saúde.
De acordo com a promotoria, esse déficit sobrecarrega o hospital
Monsenhor Walfredo Gurgel, o maior em número de leitos de UTI da rede
SUS no estado.
A recomendação conjunta foi feita pela 22ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da 47ª Promotoria de Saúde Pública
G1 RN
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