Professora espancada por mãe de aluno em SP diz que está Vivendo um pesadelo

Docente diz que trabalha há 15 anos na rede pública e tem um histórico limpo.
Agressora diz que atacou a docente após ver seu filho levando chineladas.

Professora conversou com G1 e se defendeu das acusações (Foto: Luna Oliva / G1)Professora conversou com G1 e se defendeu das acusações (Foto: Luna Oliva / G1)
A professora acusada pela mãe de um aluno de ter agredido o filho dela dentro de uma creche de Praia Grande, no litoral de São Paulo, se defendeu da denúncia. A docente, que também foi agredida pela mulher e prefere não se identificar por medo, afirmou ao G1 que está sofrendo ameaças e que, em 15 anos como profissional da rede pública, nunca “encostou ou agrediu uma criança” e que tem um histórico limpo. A polícia está investigando o caso.
Garoto tem dois anos e está sem estudar (Foto: Amanda Barros/Arquivo Pessoal)Garoto tem dois anos e está sem estudar
(Foto: Amanda Barros/Arquivo Pessoal)
Assustada com a repercussão do caso, a docente falou ainda que trabalha há cerca de um ano na Escola Municipal Professora Esmeralda dos Santos Novaes, que fica no bairro Jardim Quietude, onde aconteceu a confusão, e sempre recebeu elogios de vários pais justamente por tratar os alunos com carinho.
“Eu estou vivendo um pesadelo. Uma mulher invadiu a minha sala de aula e começou a me agredir. Agora estou sofrendo várias ameaças. A minha vida virou de cabeça para baixo. Estou com muito medo e assustada. Eu ia tirar férias agora em dezembro e antecipei para o dia 23 de novembro por causa desse problema”, conta.
A mãe do garoto, Amanda Barros, já tinha confirmado ao G1 que agrediu a professora depois de, segundo ela, ter flagrado a docente dando uma chinelada no filho dela.
Defesa
A professora deu sua versão do fato e conta que já solicitou à Secretaria de Educação do município que a troque de creche, devido às sucessivas ameaças que vem sofrendo. Ela descreve ainda que no momento que a mãe invadiu sua sala, ela e as outras professoras estavam arrumando as crianças para a hora da saída e afirma que em nenhum momento agrediu qualquer criança.
  •  
Escola Municipal Professora Esmeralda dos Santos Novaes (Foto: Reprodução/Google Street View)Escola Municipal Prof Esmeralda dos Santos
Novaes (Foto: Reprodução/Google Street View)
“Eu peguei dois chinelinhos das próprias crianças que estavam no chão e bati um contra o outro, fazendo barulho, para eles sentarem e se arrumarem para a hora de ir embora. Em nenhum momento eu usei o chinelo para bater em alguma criança. O filho dessa mulher estava com a turma da frente, longe de mim, inclusive”, explica.
Em sua defesa, a docente afirma ainda que outras cinco atendentes que estavam na mesma sala no momento da confusão viram e são testemunhas que ela em nenhum momento agiu de maneira errada e que a mãe está inventando uma história sem motivo. “Eu já fiz exame de corpo de delito, já que ela me deu murros no ombro. Não paro de sofrer ameaças pela internet, inclusive da filha dela, que é uma adolescente de 14 anos. É uma situação horrível”, finaliza.
Retaliação
A dona de casa Amanda Barros confessou, em entrevista ao G1, que realmente agrediu a professora. De acordo com ela, porém, isso aconteceu ao ir buscar o filho, de apenas dois anos, mais cedo na creche e ver a professora agredindo a criança com chineladas.
O caso aconteceu no último dia 22 de novembro. Em nota, a Secretaria de Educação de Praia Grande (Seduc) afirmou que já tomou conhecimento do caso e que deu início a um processo para apurar o que realmente aconteceu.
"A diretora autorizou a minha entrada na escola. Eu precisava pegar o meu filho mais cedo porque tinha um compromisso em Santos. Logo que abri a porta da sala de aula, ela deu duas 'chineladas' em uma criança. Na hora eu já me assustei, mas ainda não tinha percebido que era meu filho. Quando vi que era ele, fiquei louca”, revela Amanda.
A mãe do menino afirma que, após flagrar a agressão 'partiu para cima' da professora e deu vários tapas na cuidadora. “Eu entrei na sala com o meu outro filho, que tem três anos. Quando eu a vi batendo na criança, fiquei com muita raiva, fui pra cima dela mesmo. Sai do meu normal, foi um momento de muito nervoso pra mim. Só de contar a história começo a tremer”, descreve.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.