Sem-teto fazem protesto por moradia e fecham vias da Zona Sul de SP
Faixas da Avenida João Dias foram interditadas.
Grupo quer seguir para o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.
Sem-teto fazem protesto por melhorias em habitação (Foto: Letícia Macedo/G1)
Manifestantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizam um grande protesto na manhã desta quarta-feira ( 22) na Zona Sul de São Paulo.
Por volta das 9h, grupo pertencente aos acampamentos Nova Palestina e Capadócia interditou duas faixas da Avenida João Dias, na altura do Terminal João Dias. Segundo tenente Henrique da Polícia Militar, há cerca de duas mil pessoas. Outro grupo de manifestantes, ligado ao mesmo movimento, fechou pistas da Avenida Francisco Morato no sentido Centro.
Às 9h50, manifestantes saíram em passeata rumo ao Palácio dos Bandeirantes pela Avenida Giovanni Gronchi. A via foi completamente bloqueada no sentido do palácio e algumas lojas, como a Cobasi, especializada em animais, fecharam as portas.
Às 11h, o grupo que saiu do Terminal João Dias se encontrou em local conhecido como "ladeirão" do Morumbi com o grupo que veio da Francisco Morato, composto por integrantes do acampamento Faixa de Gaza. De lá, os grupos reunidos seguiram para o Estádio do Morumbi. Houve um princípio de tumulto quando a PM tentou impedir que os sem-teto circulassem pela rotatória em frente ao estádio. Neste ponto, os manifestantes realizam uma assembleia para definir se vão ao Palácio dos Bandeirantes falar com o governador Geraldo Alckmin ou se aceitam serem recebidos por comissão do governo para discutir a pauta sobre moradia.
Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estão monitorando o trânsito no local. A orientação é a de que o !motorista dê preferência ao transporte público para poder chegar com mais rapidez ao seu destino".
O MTST quer aumento do aporte estadual para moradias no Programa Minha Casa, Minha Vida; desapropriação de novos terrenos para habitação na região metropolitana de São Paulo, auxílio moradia para famílias em situação de vulnerabilidade social e apoio técnico em projetos habitacionais.
Nova Palestina
Em 29 de novembro, cerca de duas mil famílias ligadas ao MTST ocuparam um terreno, que foi nomeado de Ocupação Nova Palestina. Hoje, a ocupação tem cerca de oito mil famílias acampandas em barracas de lona. O prefeito Fernando Haddad afirmou que a área pertence a um parque, de acordo com decreto.
Manifestantes em frente ao Terminal João Dias (Foto: Letícia Macedo/G1)
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