Após punição, goleiro Bruno perde 113 dias de redução de pena
Goleiro foi condenado a 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samudio.
Ele já acumulava 341 dias; decisão judicial reduz desconto na pena total.
Bruno durante julgamento em Contagem, na Grande BH
(Foto: Renata Caldeira / TJMG)
Um decisão da Justiça de Minas Gerais manteve, nesta quarta-feira (22),
a punição que tira um terço dos dias ganhos pelo goleiro Bruno
Fernandes de trabalho na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em abril do ano passado, ele se
envolveu em confusões no presídio, o que foi entendido pela Justiça como
"falta grave". Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, devido o
trabalho na prisão, o goleiro já acumulava 341 dias que poderiam ser
reduzidos da pena total, mas, após ter recurso negado, perdeu 113 dias.(Foto: Renata Caldeira / TJMG)
Em março de 2013, ele foi condenado a 22 anos três meses de prisão pela morte de Eliza Samudio. Segundo a legislação, a cada três dias de trabalho, a pena do preso é reduzida em um. Cabe recurso da decisão.
"A lei não prevê, como efeito do reconhecimento da falta grave, a alteração da data-base para a obtenção da progressão de regime", disse na decisão o desembargador Doorgal Andrada.
À época da primeira decisão, o goleiro recorreu. Ele foi punido por falta grave em abril de 2013 depois de ameçar dois detentos e um agente penitenciário.
O advogado de Bruno, Francisco Simim, disse que ainda vai analisar a decisão. "Nós vamos avaliar primeiro porque temos ainda a terceira instância para recorrer. Vamos ver o que é mais propício, mais favorável para o meu cliente", disse.
O caso
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março deste ano, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto e condendenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques – o Coxinha – por sequestro e cárcere privado do filho da ex-amante do goleiro. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.
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