'Tragédia anunciada', diz cunhado de mulher morta em temporal no Rio

Carro em que a merendeira estava foi atingido por uma árvore.
Outras três pessoas também morreram devido à chuva, segundo bombeiros.

Leila S., de 45 anos, teve o carro atingido por uma árvore durante o temporal, na Estrada Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, e morreu no local. (Foto: Renata Soares / G1)Leila S., de 45 anos, teve o carro atingido por uma árvore durante o temporal, na Estrada Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, e morreu no local (Foto: Renata Soares / G1)
O temporal que atingiu o Rio na noite de quinta-feira (5) deixou vários estragos pela cidade e causou quatro mortes. Entre elas, a da merendeira Leila dos Santos, de 45 anos.
Segundo o cunhado da vítima, Elione Joaquim dos Santos, ela voltava do trabalho de carona com um amigo quando o veículo foi atingido por uma árvore, na Estrada Roberto Burle Max, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste.
"Não se pode falar em fatalidade, quando, na verdade, o que aconteceu com ela era uma tragédia anunciada. O que mais tem aqui  em Guaratiba são árvores centenárias, que estão com os caules velhos, sem poda e quase caindo. Mas por mais que a gente reclame, denuncie, não adianta, ninguém faz nada", desabafou o vigilante, de 59 anos.
Ainda segundo Elione, Leila trabalhava em um colégio em Campo Grande e sempre voltava de ônibus. "Esse amigo dela é pai da nossa vizinha Márcia. Ele foi buscar a filha que estava naquela localidade e aproveitou e ofereceu uma carona para Leila. E aí aconteceu esse desastre", completou o cunhado, que acrescentou ainda que Márcia também ficou ferida e foi levada ao hospital.
"Até onde eu sei ela quebrou duas vértebras e está internada", disse. O pai de Márcia, identificado como Paulo, nada sofreu.
Além de Leila, mais três pessoas também morreram devido à chuva forte que atingiu o município. Uma mulher de 60, após a casa em que estava desabar em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; um jovem de 18 anos, que foi atingido por um raio em Cabo Frio, na Região dos Lagos; e um adolescente de 16, que morreu após sofrer descarga elétrica em Jardim Guaratiba, também na Zona Oeste.
Leila era casada há mais de 20 anos e tinha três filhos. Dois meninos e uma menina. "Espero que agora alguma coisa seja feita para que não aconteça com outras pessoas o mesmo que aconteceu com a minha cunhada. Ela era uma pessoa maravilhosa e vai fazer falta", concluiu.

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