Polícia entra em confronto com manifestantes em praça em Kiev
Barricadas e barracas foram removidas da Praça Independência.
Prazo para desocupação terminou nesta terça (10).
Policiais e manifestantes se enfrentavam nesta quarta-feira (11) diante
da prefeitura de Kiev, ocupada desde domingo (8) por opositores que
pedem a renúncia do presidente Viktor Yanukovich.
Centenas de policiais antidistúrbios permaneciam diante do edifício e
usaram cassetetes contra os manifestantes, que responderam com pedaços
de pau e jatos de água, com uma mangueira dentro do edifício.
A polícia de choque avançou na madrugada desta quarta-feira (11) sobre os manifestantes favoráveis à União Europeia que ocupavam a Praça Independência de Kiev.
A partir dos extremos da praça, os policiais de choque foram expulsando os manifestantes por volta das 2h (22h de terça em Brasília), removendo as barricadas e as barracas instaladas no local.
O protesto nasceu da recusa do presidente Viktor Yanukovitch de assinar, no final de novembro, um acordo de associação com a União Europeia (UE).
"A polícia agiu em cooperação com os serviços comunitários para se livrar das barricadas que bloqueavam a passagem" na Praça Independência, declarou um porta-voz da polícia local.
A televisão mostrou tratores e funcionários de colete laranja desmontando as barricadas montadas pelos manifestantes. Enquanto centenas de ativistas cantavam o hino nacional, representantes da oposição presentes no local faziam preces.
Um dos líderes da oposição ucraniana, Arseni Iatseniouk, previu um protesto reunindo "milhões" de pessoas na Praça da Independência após a ação da polícia contra o local simbólico do movimento pró-europeu.
"Não vamos perdoar. Amanhã reuniremos milhões de pessoas e o regime recuará", desafiou Iatseniouk, do partido da líder opositora detida Ioulia Timochenko.
O presidente ucraniano Viktor Ianoukovitch, "cuspiu no rosto dos Estados Unidos e dos 28 países da UE", disse Iatseniouk.
Outro líder da oposição, o boxeador Vitali Klitschko, convocou os ucranianos para reforçar o protesto. "Habitantes de Kiev, levantem-se. Apenas unidos poderemos lutar pelo direito de viver em um país livre".
Diante da operação na Praça da Independência, a União Europeia pediu às autoridades em Kiev que impeçam qualquer "emprego da violência contra os cidadãos comuns".
Em uma declaração postada no Facebook, a delegação da UE na Ucrânia informou ter "tentado entrar em contato" com as autoridades "para impedir o uso da violência contra os cidadãos".
"Observamos com tristeza que a polícia utilizou a força para dispersar pessoas pacíficas (...). O diálogo entre as forças políticas e a sociedade é sempre um melhor caminho do que o emprego da força".
O ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, disse no Twitter que acompanha os acontecimentos "com grande preocupação". "Não é pela repressão que a Ucrânia vai adiante, e sim pelas reformas".
Nesta terça, o presidente ucraniano se reuniu por mais de três horas com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
A polícia de choque avançou na madrugada desta quarta-feira (11) sobre os manifestantes favoráveis à União Europeia que ocupavam a Praça Independência de Kiev.
A partir dos extremos da praça, os policiais de choque foram expulsando os manifestantes por volta das 2h (22h de terça em Brasília), removendo as barricadas e as barracas instaladas no local.
Policiais
entram em confronto com manifestantes na Praça Independência em Kiev na
madrugada desta quarta-feira (11) (Foto: Sergei Supinsky/AFP)
Apoiando-se em uma decisão judicial e pedindo aos manifestantes que
mantenham a calma, os policiais atravessaram as barricadas montadas em
vários pontos da praça, palco de uma nova contestação popular.O protesto nasceu da recusa do presidente Viktor Yanukovitch de assinar, no final de novembro, um acordo de associação com a União Europeia (UE).
"A polícia agiu em cooperação com os serviços comunitários para se livrar das barricadas que bloqueavam a passagem" na Praça Independência, declarou um porta-voz da polícia local.
A televisão mostrou tratores e funcionários de colete laranja desmontando as barricadas montadas pelos manifestantes. Enquanto centenas de ativistas cantavam o hino nacional, representantes da oposição presentes no local faziam preces.
Um dos líderes da oposição ucraniana, Arseni Iatseniouk, previu um protesto reunindo "milhões" de pessoas na Praça da Independência após a ação da polícia contra o local simbólico do movimento pró-europeu.
"Não vamos perdoar. Amanhã reuniremos milhões de pessoas e o regime recuará", desafiou Iatseniouk, do partido da líder opositora detida Ioulia Timochenko.
O presidente ucraniano Viktor Ianoukovitch, "cuspiu no rosto dos Estados Unidos e dos 28 países da UE", disse Iatseniouk.
Outro líder da oposição, o boxeador Vitali Klitschko, convocou os ucranianos para reforçar o protesto. "Habitantes de Kiev, levantem-se. Apenas unidos poderemos lutar pelo direito de viver em um país livre".
Diante da operação na Praça da Independência, a União Europeia pediu às autoridades em Kiev que impeçam qualquer "emprego da violência contra os cidadãos comuns".
Em uma declaração postada no Facebook, a delegação da UE na Ucrânia informou ter "tentado entrar em contato" com as autoridades "para impedir o uso da violência contra os cidadãos".
"Observamos com tristeza que a polícia utilizou a força para dispersar pessoas pacíficas (...). O diálogo entre as forças políticas e a sociedade é sempre um melhor caminho do que o emprego da força".
O ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt, disse no Twitter que acompanha os acontecimentos "com grande preocupação". "Não é pela repressão que a Ucrânia vai adiante, e sim pelas reformas".
Nesta terça, o presidente ucraniano se reuniu por mais de três horas com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
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